Resumo rápido de um conto zen-budista moderno:
- Mestre, eu quero aprender com o senhor.
- Então não pense em macacos.
Cara sai. Passa o dia inteiro vendo macacos, pensando em macacos: verdes roxos azuis amarelos.
E ele volta. E sabem de uma coisa? Eu esqueci o final.
A luta com palavras é a coisa mais vã. Palavras não são apenas os pequenos e grandes pensamentos que saem da nossa cabeça através da boca. As palavras surgem antes mesmo que nos demos conta; surgem mesmo de um corpo soçobrado, surgem mesmo de um corpo transfigurado. Especialmente destes corpos, as palavras surgem.
Vetores poderosíssimos, as palavras. Perfuram e transpassam três gerações de mamíferos de porte médio, em média, para desconforto dos seres viventes.
Estou em um momento de crise, poderoso, insurgente; mar martelante.
Rio de Janeiro, século XIX. Chuva de verão: quente. Água escorrendo pelos bueiros, levando a merda depositada nas ruas para o grande mar da pequena baía. Mais ou menos como Florianópolis, século XXI.
Vários nomes para isso, da extensa & fecunda produção literária-psicológica. Uma que me lembrei: vórtice. Fabio Herrmann, psicanalista brasileiro.
Outro nome: chuá.
Embalagem de Bolos de Aniversário: Dicas
Há 3 meses
1 comentários:
Eu nem sabia que você tinha voltado a escrever no blog... estou gostando muito. Desculpe por não ter visto antes :(
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