quinta-feira, 30 de abril de 2009

domingo, 19 de abril de 2009

Tantos sorrisos...


(Ah, oi, olá. Meu nome é Abe Sada... melhor, Sada Abe para você. A mulher do meio, sim. Neste momento eu estou sendo presa por ter asfixiado o meu amante durante o ato, e depois ter cortado fora seu pênis e seus testículos. Carreguei-os comigo durante um tempo.)

terça-feira, 14 de abril de 2009

Estágio, Ken Lee e Kate Bush

E lá começo o meu estágio em um departamento de RH de uma empresa "paraestatal".

300 currículos para uma vaga em poucas horas; quem diria que por trás da cena estaria um pobre e relapso estagiário de psicologia, decidindo o seu futuro?

E quem sabe o que mais ocorrerá? Só sei que nas próximas semanas escreverei menos por aqui. Isto me deixa triste: nada melhor do que ruminar e regurgitar o verde pasto mundial nestas linhas.

Se bem que eu sou pessoa de escrever journals e mantê-los em segredo, dentro da gaveta da direita da escrivaninha, até a publicação e fama póstuma - placa de mármore inclusa. Mas não espalha.

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Maryah falou que esta moça tem chutzpah. Ah bé!

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Então, alguém já escutou o Aerial, da Kate Bush?

Pergunto pois eu sempre me aventuro a fazer uma pequena crítica musical de todas as músicas que escuto e gostaria que outras pessoas ouvissem. Faço esta "crítica", porém, não para qualificar algo que escuto - se bem que é um exercício interessante - mas por quê, no fundo, quero que os poucos leitores escutem. Espero mais: espero que gostem, apreciem, encontrem-me na rua e me interpelem dizendo "ah, aquela tua Kate Bush, que coisa linda!", e então combinamos de escutá-la com uma boa taça de vinho, juntos.

Se não gostar, fique quieto. Não quero fazer crítica - se bem que...

Mas então: Kate Bush mostra que, além de ter sido influência para muita gente, soube assimilar bem as lições da época... e da idade. A voz não brilha reluzente, com os agudos de outrora, mas está mais aveludada e curtida. Algumas vezes soa a Madonna, mas neste caso é você que escuta Madonna mais do que devia.

Duas músicas excelentes: A coral room, que é uma espécie de revêrie deliciosa (inclua Mr. Bartolozzi na sua escuta também).

Aerial (desconsidere, se quiser, o número do Cirque), a faixa-título, que retoma o tema do canto dos passarinhos - premente e presente em todo o segundo cd - com as notas de ínicio, cordas etéreas, compartilhando uma guitarra elétrica no fim. O timing das gargalhadas é fabuloso. Tá curioso? Vá escutar. Escutei Aerial rindo.

Genial.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Zazenkai com aikido

Dia 26 de abril, um domingo, teremos um zazenkai.

Zazenkai é uma espécie de mini-sesshin, um dia de prática intensiva de zazen, com refeições "formais" (ōryōki) e enfins.

Este zazenkai, porém, reserva-nos algo de novo: práticas de aikido, que provavelmente serão dadas pelo sensei Carlos, do Kawai Shihan Dojo, aqui de Florianópolis - ou pelo sensei Altair, disto ainda não tenho certeza.

Está ao lado o cartaz do evento e espalhem para quem tiver interesse! As vagas são poucas, infelizmente.

Longe do Ideal, portanto real

Temple Grandin é doutora em ciências animais, propõe uma forma mais digna no abate de animais para consumo de carne, e é autista. Conhecida por ser o sétimo caso no maravilhoso livro de Oliver Sacks, Um Antropólogo em Marte - cujo título é uma expressão de Temple, referindo-se como ela se sente com relação às "outras pessoas" - Temple é uma mulher inspiradora: tanto na sua história com autismo, tanto no seu esforço para, a partir de uma percepção diferente dos animais, sugerir e trabalhar em formas menos cruéis de abate. É uma perspectiva que pode não ser ideal, para todos aqueles que querem um "mundo sem matança"; mas, como tal mundo é um ideal - e por muito tempo continuará sendo - é gente como Temple que faz o conjunto de pequenas diferenças que realmente fazem a diferença.

Os trechos abaixo focam-se mais na questão do abate de animais, e no trabalho de Temple. O texto completo é muito mais interessante, como Oliver Sacks reiteradamente os faz ser.

Oliver Sacks, Um antropólogo em Marte. São Paulo, Companhia das Letras, 2006.

"O gato fica perturbado com os mesmos tipos de sons que os autistas - sons agudos, assobios, ou barulhos altos e repentinos; não conseguem se acostumar com eles", Temple me disse. "Mas não se incomodam com barulhos graves e surdos. Ficam perturbados com contrastes visuais muito fortes, sombras e movimentos bruscos. Um leve toque faz com que se afastem, um toque firme os acalma. A maneira como eu me afastava ao ser tocada é igual como a vaca se afasta - acostumar-se a ser tocada é muito parecido com domesticar uma vaca arisca." Foi precisamente sua compreensão da base comum (em termos de sensações e sentimentos fundamentais) entre animais e pessoas que lhe permitiu mostrar tal sensibilidade pelos primeiros, insistindo vigorosamente num tratamento humanizado.
Ela achava ter sido instruída nesse conhecimento em parte pela experiência de seu próprio autismo e em parte por vir de uma longa linhagem de fazendeiros e, quando criança, ter passado tanto tempo em fazendas. Seu próprio modo de pensamento não lhe deixava saída dessas realidades. "Se você é um pensador visual, é fácil se identificar com animais", disse a caminho da fazenda. "Se todos os seus processos de pensamento estão na linguagem, como pode imaginar que o gado pensa? Mas se você pensa em imagens..."

(....)

Ver a vaca sofrendo e ouvir seus mugidos de luto irritaram Temple e fizeram com que sua mente se voltasse para as inumanidades do abate. Não tinha nada a ver com galinhas, ela disse, mas a matança delas era particularmente repugnante. "Quando chega a hora de as galinhas irem para a Terra dos McNuggets, eles pegam-nas, viram-nas de cabeça para baixo e cortam os pescoços." Um agrilhoamento parecido do gado, pendurado de cabeça para baixo para que o sangue possa vir todo para a cabeça antes que cortem seus pescoços, é uma imagem comum em antigos matadouros kosher, ela disse. "Às vezes, quebram as pernas, berram de dor e terror." Graças a Deus, estas práticas estão começando a mudar. Adequadamente executado, "o abate é mais humano que a natureza", ela prosseguiu. "Oito segundos após o pescoço ser cortado, o corpo libera endorfinas: o animal morre sem dor. O mesmo acontece na natureza, quando um carneiro é dilacerado por coiotes. A natureza criou isso para aliviar a dor de um animal à morte." O terrível, tanto mais por ser evitável, segundo ela, é o sofrimento e a crueldade, a introdução do medo e da tensão antes do corte letal; e é o que ela mais se preocupa em evitar. "Quero reformar a indústria da carne. Os militantes querem acabar com ela", disse, e acrescentou: "Não gosto de nada radical, à direita ou à esquerda. Tenho uma antipatia radical pelos radicais."
Longe dos mugidos das vacas e dos bezerros separados, cuja angústia Temple parecia sentir na própria carne, achamos uma área tranquila e silenciosa da fazenda, onde o gado pastava placidamente. Temple se ajoelhou e estendeu a mão com um pouco de feno, e uma vaca se aproximou e o comeu, cutucando sua mão com o focinho macio. Uma expressão suave e feliz tomou o rosto de Temple. "Agora, sinto-me em casa", disse. "Quando estou com o gado, não tem nada a ver com cognição. Sei o que a vaca está sentindo."

(....)

Caminhamos devagar ao longo de uma rampa ligeiramente curva e com paredes altas, por onde o gado passava em fila indiana, alegre em sua inconsciência do que estava por vir, até o choque de um disparo letal. Temple foi uma das pioneiras no desenho dessas rampas, e seu nome está associado, no mercado, com a introdução das calhas em curva. Conforme subíamos a passarela, olhando por cima das paredes da calha, Temple me falou das virtudes especiais dessas rampas, como a curva impedia os animais de ver o que os esperava no final, até estarem bem próximos (evitando assim qualquer apreensão), e, ao mesmo tempo, aproveitando a tendência natural da vaca para andar em círculos. As paredes altas evitavam as distrações perturbadoras e serviam para que o gado se concentrasse em seu caminho.
No alto da rampa, dentro do edifício, os animais eram levados, quase imperceptivelmente, por uma correia rolante que passava sobre suas barrigas (esse "retentor de trilho duplo" era outra inovação de Temple). Algus segundos depois, o animal era morto instantaneamente por um tiro de ar comprimido no cérebro.

(....)

Tive uma sensação de horror quando Temple me mostrou a máquina, mas ela me garantiu que o gado não tinha o menor indício, a menor apreensão, sobre o que lhe esperava; todo o esforço dela, de fato, ia no sentido de eliminar tudo o que pudesse causar terror ou desgaste aos animais, para que pudessem seguir pacífica, dócil e inconscientemente para a morte. Mas eu continuava a sentir náuseas com relação a tudo aquilo. Como será que ela se sentia, como será que os outros se sentiam, trabalhando naqueles lugares?
Temple explorou o assunto e escreveu um artigo clássico sobre o tema. Alguns funcionários de matadouros, ela comenta, desenvolvem rapidamente uma dureza defensiva e passam a matar os animais de uma maneira puramente mecânica: "A pessoa encarregada de matar encara o seu trabalho como se estivesse grampeando caixas numa esteira rolante. Não tem qualquer emoção em relação ao seu ato". Outros, ela mostra, "passam a gostar de matar e [...] atormentam os animais de propósito". Falar dessas atitudes levou o pensamento de Temple a fazer um paralelo: "Vejo uma correlação muito forte", ela disse, "entre a forma como os animais são tratados e os deficientes. [...] O estado da Geórgia é um ninho de cobras - tratam [os deficientes] pior que os animais. [...] Os estados com pena de morte são os que infligem o pior tratamento aos animais e aos deficientes".
Tudo isso deixa Temple apaixonadamente irritada e preocupada com a reforma da humanidade: quer mudar o tratamento dos deficientes, em especial dos autistas, assim como o tratamento dispensado ao gado pela indústria da carne. (A única maneira adequada de matar animais, a única que demonstra respeito pelo animal, segundo Temple, é a via do ritual, ou "sagrada".)

Foi um grande alívio sair do matadouro, para fora daquele cheiro pestilencial que parecia permear cada centímetro do lugar, embrulhando-me o estômago e me obrigando por vezes a segurar a respiração para não vomitar; um imenso alívio, uma vez do lado de fora, poder respirar o ar fresco e puro, não contaminado pelo cheiro de sangue e de vísceras; um imenso alívio, moralmente, afastar-me da idéia da matança. Questionei Temple sobre isso no carro. "Ninguém deve matar animais o tempo todo", ela disse, e me contou que tinha escrito bastante sobre a importância de uma rotatividade de funcionários, para que não ficassem empregados permanentemente no abate, lidando com sangria ou violência. Ela própria precisa de outros ambientes e ocupações, que formam uma parte vital e de modo geral mais prazerosa da sua vida. Sua compreensão da psicologia e do comportamento dos animais de rebanho é requisitada não apenas por fazendas de corte e matadouros pelo mundo afora, mas por tosadores de ovelhas até da Nova Zelândia, e por parques de animais selvagens e jardins zoológicos. Fiquei com a impressão de que ela gostaria de passar um tempo nas estepes africanas, dando consultoria sobre manadas de elefantes e de animais visados como presas, como antílopes e gnus. Mas fiquei na dúvida se conseguiria entender os macacos (que têm certa "teoria da mente") assim como compreende as vacas. Ou os acharia desconcertantes, impenetráveis, da mesma forma que achava as crianças e outros seres humanos? ("Com os animais de fazenda, sinto o comportamento deles", disse posteriormente. "Com os primatas, compreendo suas interações intelectualmente.")
Os sentimentos mais profundos de Temple estão relacionados ao gado; sente uma ternura, uma compaixão por eles que é análoga ao amor. Discorreu longamente sobre isso enquanto nos dirigíamos para nossa próxima parada, uma fazenda de corte - como procurava estabelecer um clima leve ao colocar o gado na calha, transmitir tranquilidade aos animais, trazer-lhes paz nos últimos momentos de suas vidas. Para ela, tratava-se de algo meio físico e meio sagrado acalmar o animal nos últimos momentos de sua vida, e era o que tentava ensinar incessantemente às pessoas que trabalham com as calhas nos matadouros.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Vida Incerta

De uma vez por todas eu resolvi acabar com o problema do siso - este siso superior direito que parece estar "fundido" no maxilar - caso de manual, segundo a dentista - e que não quis sair, mesmo com 3 horas e meia de paciente e excruciante tentativa, muitos meses atrás.

Procurei um bom cirurgião-dentista e me disponibilizei para envolver um pouco mais de dinheiro. Conversamos e ele promete "uma hora, no máximo", com a ajuda do gás do riso e sua provável experiência em tirar sisos renitentes (que, descubro depois, podem fazer crescer neoplasias se não retirados, em certos casos).

Mas um detalhe chama a atenção: tenho que assinar um termo de compromisso me responsabilizando por quaisquer parestesias mais permanentes que possam ocorrer depois da cirurgia, devido a proximidade de um nervo. Pergunto se isto já ocorreu, e ele diz que sim, no começo da carreira - mas que o ex-cliente é agora seu conhecido e amigo.

Bem, eu prefiro ficar sem parestesia a ter um novo amigo, mas pelo visto eu vou ter que preferir tirar o siso, independente de qualquer outra coisa - parestesia, parapraxe, catexia, bolo de chocolate.

Nada que uma segunda opinião não possa esclarecer.

Lembrei-me disto ao ler, agora, a carta que Freud escreve para Fliess logo após descobrir que Emma Eckstein - que tinha sido diagnosticada com histeria e sofreu um tratamento experimental, uma cirurgia no nariz, baseado em teorias um tanto exóticas de Fliess e Freud - estava passando mal e tendo hemorragias porque Fliess esqueceu um pedaço grande de gaze dentro do nariz dela.

Freud, como bom amigo, tenta mitigar a culpa do seu querido correspondente. Logo depois ele sonha o sonho de Irma, que ocupa boa parte do Traumdeutung, e é considerado um sonho "inaugural" da psicanálise.

Estava pensando com meus botões: nunca foi fácil ser médico. Pior que ser médico, muitas vezes, é ser paciente, e ter de aturar um médico tomado por teorias exóticas sobre a etiologia da histeria fazendo cauterizações com cocaína em seu nariz. Mas, por outra parte, algumas vezes a confiança que se dedica a um médico - ou à medicina, bem entendido - e a falta de alternativas nos colocam com o lado selvagem da questão de saúde e doença: parece estar tudo garantido, mas nem sempre está.

Freud errou algumas vezes. Um dos seus pacientes - um amigo - teve sua morte "apressada" quando Freud tentou "substituir" sua dependência da morfina pela cocaína, o que provocou sua (Freud) retração e retratação posterior, do campo de pesquisas com a cocaína, no qual estava envolvido. Há um suicídio entre suas pacientes - o que eu dificilmente colocaria como erro médico. Vários deslizes pequenos.

Vários podem ser vistos nesta página que apresenta Freud como um serial killer que matou o seu primo Johann e outras quatro outras pessoas, desfigurou e provocou lesões em outras tantas dolosamente, além de ter estuprado sua prima Pauline e provavelmente ter tido três filhos com sua cunhada, Minna (esta última hipótese é suposição minha).

É algo que de vez em quando me deixa inquieto, a mim que tenho a pretensão de trabalhar nesta área. Embora não seja e não serei médico, é conhecido que ser terapeuta (analista, uáreva) lida com questões "éticas" tão complicadas quanto. A vida parece ser manuseada mais pelas mãos de um médico do que de um terapeuta, mas isto desconsidera as fortíssimas coisas que podem acontecer em uma terapia - que não é uma viagem intelectual, por mais que os obsessivos o queiram.

É claro que sempre se pode "escolher" a distância com a qual você fará as coisas, mas qual seria a graça de estar completamente seguro na sua poltrona? Um macaco velho que sabe exatamente como são as coisas - de tanto que consegue fazer com que elas sejam como "são".

Esta dose de incerteza - que somente é balanceada pela necessidade imperativa de algo a ser feito - faz parte de muitas das atividades humanas fundamentais. Dar à luz é uma figura que fala por si.

Em janeiro do ano passado o filho do meu pai morreu "no dia em que teria nascido", por anóxia, e eu teria o maior prazer de colocar, com todos os seus títulos, o nome da médica que foi de tamanha negligência, neste caso. Infelizmente eu não o tenho mais. Ela merece esta menção, no seu currículo. Foi perdoada pelo meu pai e sua mulher - injustamente, ao meu ver.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Dica, coisinha...

E, ajudando aqueles que querem mergulhar com Saramago, é com uma pontinha - somente uma pontinha - de orgulho deslocado, já que não se trata de nada que eu tenha colocado as mãos (só o mouse), que divulgo o excelente çaite do Nupill, e o seu projeto de biblioteca digital.

Aqui está uma coletânea de vários sermões do padre Antônio Vieira.

Inauguração do Daissen


Foi inaugurado hoje o restaurante Daissen, restaurante vegetariano no centro da cidade. Florianópolis é uma cidade ímpar, para seu tamanho, nesta nossa cultura de empórios naturais e restaurantes vegetarianos. É o que dá ter mais de 100 praias - e pessoas que moram nelas.

Toma a palavra, Genshô, e fala mais. A foto é uma montagem, minha gente, mas a casa existe e é real e tem aquelas janelas enormes de folhas de madeira.

A Sangha zen de Florianópolis tem uma nova e ampla sede, com 340 m2, o prédio abriga um restaurante vegetariano, o Daissen, que se localiza no térreo, na parte superior salas da comunidade zen, com Hatô (templo), zendô (sala de meditação com ar condicionado), secretaria, e sala para crianças. Toda a estrutura do restaurante, cozinha e salas de refeições, funciona como apoio da comunidade, e este viabiliza uma sede no centro da cidade, em endereço e condições privilegiadas que a comunidade sozinha não poderia sustentar.

O Daissen funciona de segunda à sexta, das 11h às 14:30h, com pratos simples e sofisticados de cozinha internacional vegetariana e preço por kg.

Meses atrás, Kate Bush era somente aquela menina de voz soprano que dançava deliciosa e esquisitamente algumas coisas que, por preguiça mental, eu chamava de "coisa louca".

Em menos de uma semana, Kate Bush passou a ser outra pessoa, depois de uma passada de ouvidos sedenta e rápida pela sua discografia. Não é a mais a menina louca. Kate Bush é uma baita de uma cantora, uma emocionante compositora e dona de uma beleza clássica suavíssima - e uma inteligência musical afiada. Não é a toa que ela é inspiração para tanta gente de quem eu inspiro a música.

Seu último álbum, Aerial, lançado em 2005 - depois de 12 anos de "exílio", ou um belo chá de sumiço - reserva umas surpresas interessantes. Deixo Pi como uma delas, para quem se interessar.

Ora, alguém cantar o caso de amor de um homem por um número transcendental... e ainda recitá-lo, uma boa centena de algarismos... menina esperta.

segunda-feira, 6 de abril de 2009


É mais um clipe sugerindo uma orgia greco-romana, como é de praxe, atualmente, colocar orgias - ou sugestões de - em toda música entre 100 e 140 bpm.

A fumaça ganhou o prêmio Akihito de melhor coadjuvante - e de "atriz" principal também, já que andou fazendo a cabeça da menina andrógina.

Mas enfim, digno de nota o bailarino na fumaça (aproximadamente 2'05"). Digno de Kate Bush. Gostei e passo adiante.