sábado, 16 de abril de 2005

TPE

A Teoria das Personas Enológicas foi proposta inicialmente por um grupo latino-americano de pesquisas psicanalíticas, com ampla base de dados neurológicos e psicofarmacológicos. Ela propõe que o conjunto de fatores organolépticos, inclusos também os fatores ambientais (terroir, aclimatação, safra, acondicionamento, manuseio, prováveis fungos), em interação com um substrato neurológico específico (como o seu, leitor), resulta em um fenômeno psicológico denominado de "embriagez persona-motivada", cuja descrição é feita então em bases psicanalíticas, com especial ênfase na "clínica do real" lacaniana.


Os vinhos bons têm personalidade. Alguém já percebeu?

Para tornar mais clara a explanação, remeto a uma outra coisa engraçada, que me acontece com frequência. É a difusão de sentimentos, nada mais do que, ao estar com pessoas alegres, a probabilidade de seu humor melhorar é muito grande, mesmo sem nenhuma razão aparente.

(Tem gente que chama isso de vibe, imagina...)

Algumas vezes esta difusão assume um caráter tão proeminente, que chega a estranhar. Falando em termos mais... poéticos, sou "tomado" pelo que "os outros" estão sentindo, um tanto quanto não-intencionalmente, em várias gradações.

Muitas vezes, quando tomo vinhos bons, sinto que sou "tomado" por ele também. E o que eles me trazem costuma ser consistente, com base na minha pouca-a-média experiência de degustação, de acordo com o tipo de uva, lugar, blábláblá.

Most amusing thought, most amazing thing.

Ontem foi o Santa Helena, borgoña de 2003. Speedy & rushy; vontade de mover montanhas para ir atrás do que eu quero. Meia garrafa.

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