Temos, dos dois lados, dois alótropos do carbono. À direita, o grafite, o mesmo que se encontra em nossos lápis e lapiseiras.
À esquerda, o diamante, o mesmo que se encontra nas coroas reais e nos anéis de casamento ao redor do mundo.
A bioquímica da grandessísima maior parte da vida terrestre é baseada em carbono. Até mesmo quando pensamos em procurar vida em outros lugares nosso pensamento automaticamente procura por metabolismos que têm o carbono como base - embora pareça que o carbono leva vantagem sobre outras formas imagináveis de bioquímica; ponto de discussão.
À direita temos um pedaço de carne, o mesmo que muita gente gosta de assar com sal e comer, o mesmo que temos em nossos braços e pernas, o mesmo que gostamos de apertar e beijar, quando na pessoa amada. O tom avermelhado é, em poucas palavras, por causa do ferro; além do carbono, outros elementos são importantes na nossa bioquímica, mais ou menos nesta ordem (que aprendi no secundário): CHONPS - carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, fósforo e enxofre.
A carne é macia, e quando viva é quente. O grafite é compacto, mas quebra-se facilmente. O diamante, cristalino, é a substância natural mais dura do mundo conhecido.
À esquerda temos uma concepção artística de um ser vivo cuja bioquímica seria baseada no silício, uma das bioquímicas hipotéticas alternativas, já que não se conhece, ainda, seres que funcionem com base nela. O silício, importante relembrar, é o componente principal na manufatura de chips eletrônicos.
À direita temos um lingote de silício.
A pergunta que resta: por que, exatamente, um ser hipotético com bioquímica de silício tem de parecer um arranjado de cristais? É o mesmo que dizer que nós, os carboneiros, teríamos que nos parecer com pedaços de carvão, grafite e diamante colados uns nos outros. Se houver uma objeção que faça sentido eu gostaria de ouvir.
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