A assembléia dos professores votou, esta tarde, pela greve do corpo docente. Logo antes, depois do almoço, os estudantes votaram por greve estudantil. Estava lá e vi os dois e, por mais que me sinta instado, por mim mesmo, a participar, confesso que não me sinto feliz com a possibilidade, e também com o que eu vi, apesar de ser só o começo.
Tenho uma visão política essencialmente pessimista, e não me sinto bem participando de corpos políticos grandes, como partidos ou comandos de greve, quaisquer que sejam. Verificar, mais uma vez, que existe um considerável "abismo" ideológico e afetivo entre duas gerações, estudantes e professores, me desanima. O que sobra em algums, falta nos outros, e poucos são os que conseguem fazer uma ponte usável entre os dois.
A situação parece um pouco mais favorável que nas greves anteriores, contudo. Há um posicionamento mais forte de ambos os lados.
Dormi muito mal esta noite apenas três horas, estou com prisão de ventre, muito cansado, ansiando pela minha omelete com queijo da janta. Há uma nuvem muito feia lá fora, e o tempo está maluco, com possibilidade de ventos entre 60-100 quilômetros por hora. Ontem de noite, num calor de 30 e poucos graus, liguei o ventilador e deixei a janela aberta, para somente ter de fechá-la com o chegar do frio da madrugada.
Imaginem então a quantas não anda o meu pessimismo?
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Há 3 meses
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