Não consigo entender a indignação das pessoas perante proposições como a seguinte: Moisés, considerado o principal profeta da religião judaica, pode ter ingerido uma substância semelhante à ayhuasca, conhecida no Brasil como chá do Daime.
Qual o problema? "Uma ofensa contra a religião"? Ah, por favor. Moisés não comia, não cagava, não respirava? O psicólogo acima propõe uma teoria que pode ter um fundo de verdade, ou não - esta linha de pesquisa que poderíamos chamar de estudos sobre religião e etnomicologia. Já foi proposto que o vedismo antigo nasceu do culto do soma, que pode ser um cogumelo; outro propõe que os antigos Mistérios gregos tinham como base uma bebida que continha alcalóides do esporão do centeio; essas propostas todas, o que há de tão desrespeitoso nelas?
Afinal, como um professor me disse: o fígado é o mesmo para todos.
Qual o problema? "Uma ofensa contra a religião"? Ah, por favor. Moisés não comia, não cagava, não respirava? O psicólogo acima propõe uma teoria que pode ter um fundo de verdade, ou não - esta linha de pesquisa que poderíamos chamar de estudos sobre religião e etnomicologia. Já foi proposto que o vedismo antigo nasceu do culto do soma, que pode ser um cogumelo; outro propõe que os antigos Mistérios gregos tinham como base uma bebida que continha alcalóides do esporão do centeio; essas propostas todas, o que há de tão desrespeitoso nelas?
Afinal, como um professor me disse: o fígado é o mesmo para todos.