Eu acompanhei o drama. Claro que, com nossa idade, e eu falo daqueles que têm menos de um quarto de século, os dramas desenrolam-se, muitas vezes, em questões de dias ou semanas. Mas, enfim, acompanhei. Acompanhei de longe a vontade de picar a mula, de sair do buraco, de tentar outra coisa. Will escreve, nos últimos dois meses, o obituário da Folha de São Paulo, o que nos deu motivos para piadas irônicas e afins. No último domingo o ombudsman da Folha escreveu sobre o obitário do jornal, e "é um guri de 23 anos o talentoso redator do obituário da Folha. Willian Vieira cursou jornalismo na Universidade Federal de Santa Catarina. Na sua opinião, o 'New York Times' é 'modelo indiscutível para o gênero."
Confesso que comecei a ler os obituários somente depois que o Will começou a escrevê-los... e confesso também que interessa-me; não sei se devo ao texto dele, com suas pitadas, ou ao obituário em si.
Agora Will é o "guri talentoso" na redação. E, segundo o ombudsman, daqui a pouco, com paciência, terá o seu apelido de escritor de obituários, como é de praxe com os outros tantos, em outros jornais - "Senhor Má Notícia", ou "Boa Morte"...