sábado, 14 de fevereiro de 2009

Você quer ser um líder de um culto?



A segunda parte está nos linques do vídeo no youtube.

Triste e verdadeiro. Embora pareça ser comédia, ou no mínimo sátira, as falas e atos são baseados em coisas que realmente acontecem.

O vídeo pergunta se você não gostaria de ser um líder de um culto. Eu pergunto: você quer ser um profissional do futuro? Sim? Então aprenda a ser um "desencultador". O fenômeno de culto é uma coisa tão antiga, mas também tão especialmente moderna, que não é de admirar que já existem pessoas - muitas vezes elas mesmas tendo feito parte de um culto no passado - que se especializam em tirar pessoas de um culto. Um processo que não é nada fácil, ao que parece.

Precisamos ter um pouco de cautela, contudo, em não querer ver em todas estas coisas um "culto" em si. Fosse assim, dançar e girar seriam sintomas inconfundíveis de atividade-física-que-provoca-transe-e-faz-parar-de-pensar. Culto é um fenômeno, um processo, que envolve um monte de coisas - a mentalidade "nós contra eles", o sentimento de ser especial, o "amor" pelo líder, a abandonar a vida pregressa, a promessa de algo melhor dentro do grupo.

Meditação e afins podem, evidentemente, ser utilizados neste contexto. A minha experiência com a meditação me faz pensar que isto não é a "meditação" que provoca, mas o contexto no qual ela é colocada.

A grande ironia dos cultos, porém, é que eles são dissidências de amor no seio das sociedades. Se tal amor e tal fidelidade fossem dirigidas para a pátria, ou nação, ou partido, e tal "discriminação intergrupal" e preconceito contra os "de fora", teríamos algo similar ao que sempre tivemos na nossa história política. Os cultos parecem refletir invertido, em pequena escala, algo que acontece em uma escala maior.

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