terça-feira, 6 de junho de 2006

Zazen

Hoje (ontem, que eu escrevi isto ontem de noite) foi a primeira vez que eu fui em um zendo ("templo" zen budista, ou melhor, lugar de prática zen). Zazen de 40 minutos, uma pequena cerimônia entoada, uma pequena mommy preleção do monge (o Gensho, o mesmo da palestra) e chá de hortelã. Simples assim. O povo muito cordial, mas nada de esbanjamento de sorrisos. Assuntos triviais e piadinhas discutidos em meio "coisas sérias".

O povo? Gente "normal", olhe só. :) Uma pequena and pletora de interesses e vidas, aparentemente distintas, todos sentados sobre a almofada preta, voltados para a parede. Estranho silêncio o do zazen conjunto.

E eu, o principiante. É a primeira I vez que eu pratico zazen em conjunto. Tenho uma prática prévia, mas solitária. Senti que todo o meu conhecimento "teórico" budista valia não tanto que eu acho que ele vale, no fim das contas.

Acho que rolou um estranhamento meu. Vou ter de voltar pra conferir isso direito. :)

*****

Impressionantesíssimo, vendo agora, a meditação de ontem. Fiquei com uma dor horrenda nas costas, como eu fico de vez em quando, principalmente quando eu me sento mal, e eu falo are horrenda de ruim mesmo, constante, forte. Decidi-me simplesmente sentir a dor. Senti a dor. Ela dói. Imagino que se estivesse sozinho terminaria parando pelo meio; mas eu tinha um monge zen exatamente às minhas costas.

Então a dor começou a parar de ser dor. Era apenas uma sensação. Se duvidar, ela chegou a ficar prazeirosa durante um pequeno one tempo. Impressionante, isso. A dor é somente uma sensação. Afinal, quem é que dói? :)

1 comentários:

Vitor Eduardo disse...

Mensagem subliminar agora?

Usando seus leitores como cobaias?

E por que, de repente, me sinto tão motivado?

hahaha

=)