segunda-feira, 15 de agosto de 2005

Psicodelia dia-a-dia, parte I

Estou levando a vida que papai e mamãe queriam que eu levasse desde os meus 17 anos: acordo cedo, pego o busão, vou pra faculdade e, olhem só, até chego a gostar de estar por lá!

Correlações, contudo: estou fumando bem mais de um cigarro, por mais light que seja, por dia.

Não tenho mais dúvidas, porém, entre voltar pro aikido ou começar yoga. A última opção venceu temporariamente, depois de uma aula gratuita em que tive visões. O fator determinante, na realidade, foi o meu joelho, que certamente seria massacrado nas tentativas cotidianas de shikko, o andar ajoelhado dos samurais. As visões que eu tive tiveram apenas um pequeno valor estético, e se eu fosse joalheiro eu criaria uma coleção com lindas ametistas violetas.

Estou lendo três livros, e todos eles relacionados à trajetória do LSD nos Estados Unidos: Millbrook, The Varieties of Psychedelic Experience e Storming Heaven (todos disponíveis online, para os interessados). Muito mais complexo do que eu imaginava, além de mais interessante e mais sofridamente idiota, como todas as boas atividades humanas, quando olhadas de perto. Depois que comecei a retomar a minha literatura psicodélica, comecei a ter mais visões, sonhos e delírios oníricos por metro quadrado desde 1999, o que reforça a minha teoria de que a psicodelia e "estados alterados de consciência" têm um fator cognitivo-social-histórico muito forte.

E por hoje é só, que mais de meia garrafa de chileno obnubila estas minhas mãos de concha!

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