segunda-feira, 2 de maio de 2005

Fuga

Fui pra Mogadíscio; volto jamais.

Enquanto que acadêmicos (23 argumentos a favor, 8 contra) tiveram seu pedido de cursar, de maneira diferente, uma disciplina que envolve o uso e o desuso póstumo de 20 cobaias por semestre, na clássica repetição de experimentos clássicos na questão de condicionamento, extinção e recondicionamento, pelo colegiado; enquanto que colegas continuam a abrir perspectivas de futuro próximo - uns viajarão para Sampa, Bósnia, Argentina & Estados Unidos; enquanto que minha mãe continua a ler Julia e Sabrina e seu único comentário com relação a quase tudo envolve crianças; enquanto a outra mulher da casa, minha irmã, se emociona com a sua recente ligação edipiana com um gato (o "meu" gato, o "meu" bebê; perspectivas de alucinações psicanalíticas? infelizmente não, e a neurociência tem as respostas); enquanto a ligação virtual Brasil-Israel se fortalece, com perspectivas de comemoração antecipada do centenário de nascimento de Albert Hoffmann; eu

- me embebedo e esqueço de muitas coisas. Me vesti de melindrosa nesta sexta, o que acabou sendo conhecido como "Hilda Furacão". Se alguém tiver fotos, agradeço.
- perco meu celular com todos os números de contatos promíscuos. Tenho de fazer BO pelos documentos, e ficar uma semana (na perspectiva otimista) sem poder sequer tirar a minha moto da garagem. Fortunas em ônibus, que poderiam ser melhor gastas com amendoim.
- não tenho mais conseguido acordar de manhã, o que aumenta o meu desespero, e os pensamentos subsequentes: devo reconsiderar a partida da UFSC rumo a um curso noturno, porém particular? meu colchão velhíssimo me faz tão mal assim? Aceito sugestões, mas não ofertas de ajuda.

O mecenato realmente acabou na Renascença?
Eu vou ter de procurar, novamente, um psiquiatra?

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