domingo, 15 de maio de 2005

Basho

Matsuo Basho, 1644-1694.

Samurai, depois da morte de seu suserano vira ronin, samurai sem suserano, com 23 anos de idade. O que ele pode fazer? Vai para Edo, atual Tóquio, trabalhar no funcionalismo.

Superintendente de águas, o que provavelmente era um cargo de responsabilidades, num Japão agrário. Não fica muito tempo. Vira professor de poesia, poesia esta que aprendeu, juntamente com o treino zen, num mosteiro; disciplina espiritual digna de um samurai.

Teve aproximadamente 3.000 discípulos; no Japão, poetas têm discípulos. Versado nas artes (do) da espada (kendo), do arco (kyudo) e conhecedor e apreciador do chado, inaugura o caminho da poesia (haikudo?), através dos seus belos haikais, continuados através dos seus discípulos/aprendizes.

Escreveu vários diários de viagem. Estes diários, nikki, são um tipo de literatura muito apreciados no Japão. O mais famoso deles, Oku no hosomichi, é a viagem de 156 dias que empreendeu, com um discípulo, nos caminhos do norte. Tinha ele 46 anos.

Ponto alto da viagem: santuário de Ise, xintoísta, dedicado a Amaterasu Omikami, a Deusa do Sol. Dois templos que são reconstruídos a cada 20 anos desde 960 d.C.

Basho é bananeira, a planta que considerava mais bonita. Uma delas permanece do lado do seu túmulo, às margens do lago Biwa.

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