sexta-feira, 8 de abril de 2005

Tilo?

Não contei da história de Tila, a magérrima gata de uma noite de domingo? Então, Tila havia desaparecido, quando cheguei em casa. Esta era a história de 47 minutos de escrita (incluídas algumas considerações sobre a vida, em geral), que se perdeu com uma péssima conexão.

Tudo bem; a vida passa, Tila passa, e desejei de coração que alguém tenha pegado ela, e esteja cuidando com muito carinho.

Porém estas coisas sempre vêm em pares. Dois dias depois, um casal de pequenos gatinhos apareceu, muito casualmente, no nosso prédio. Passaram a tarde inteira miando, brincando e correndo pra lá e pra cá. Achei engraçado estes gatos todos ao meu redor.

Quando cheguei de noite, desci pra comer uma coisinha gostosa. Voltei e lá estavam eles; um branco no peito, todo rajado de escuro nas costas, e um outro cinza, um pouco rajado de um cinza mais escuro, com grandes olhos azuis, pupilas imensas, assustado. Minha irmã apareceu na janela, eu peguei o gatinho, levantei como um rebento perdido e gritei:
"Olha, Mari, que coisinha mais linda!" (sim, exatamente com aquele tom quase tatibitati...)

Mas não, não, não podia ficar com aquele gato! Oh, D'us! Oh!

Subi e comi. Não gatos. Não.

Foi então que, mais tarde, relaxado no sofá, minha irmã desce pra comer uma coisinha gostosa. E ela demora pra subir. Quando eu olho pela janela, está ela com um guri que me pareceu interessante. Desci.

Não gatos. Não podíamos ficar com eles. Que é que mamãe dirá? Oh!

O guri levou os gatos para casa, então. Nos olhos de minha irmã, porém, pude ver uma breve chama do instinto maternal, que leva dezenas de milhares de jovens de 18 anos a ter bichinhos, tamagotchis ou namorados.

Para encurtar, o cinzinha de olhos azuis (a coisinha mais linda) veio para nossa casa, dois dias depois. In memoriam ao primeiro gato, demos o nome de Domitila, vulgo Tila. Olhamos bem, não tinha bolinhas, então era uma menina.

Só anteontem, porém, minha irmã olhou melhor do que todo mundo e gritou da sala, "é um machinho!", o que a veterinária confirmou ontem.

Pessoalmente, sei que ele não sabe de quase nada do que falamos, mesmo, o que tanto faz ou fez chamar de Tila, Tilo, Bradoque, Silvety Montilla; importa pra esses humanos antropomorfizantes. O que muda, porém, é que teremos um macho preguiçoso, e não mais uma fêmea caçadora.

1 comentários:

Anônimo disse...

Qual a raça do Tilo?

Vc ainda tem ele?

Tem mais fotos?

Descobriu a raça?

josevana@gmail.com