quinta-feira, 3 de fevereiro de 2005

Conversa com pai


Comecei a escrever coisas muito amargas sobre o meu pai, para colocar aqui neste blogue, o lugar menos apropriado para este tipo de coisa.

Diálogo de manhã, eu chegando aqui na casa dele para pegar o caixa do restaurante:

"Oi, Lucas, como é que vai hoje?"
(suspiro ao tirar a mochila das costas) "Hum... mais ou menos."
(Ontem tive um dia horrivelmente depressivo por causa da pseudoanfetamina do fim-de-semana, e ele percebeu).
"Ah, certo..."
"Coisas da terapia, pai"
"Ah, de terapia, é? Que ruim, hein?"
"Não, pai, são boas. Muito boas."
"É, ajuda..."

E o que eu poderia dizer, naquele momento... "... é, e eram coisas sobre você, pai." E no mais perfeito sotaque manezinho, exclamar "Pai, ti odio!"

Mas este é um ódio de um menino de sete anos...

Vou colocar ácido no suco de tomate dele. Amanhã, sem falta.

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