sexta-feira, 21 de janeiro de 2005

Femproporex

Ganhei sete comprimidos de femproporex, cloridrato de, duma menina aqui do restaurante.

Guardar pra balada, obviamente. Mas não me furtei de fazer o teste básico: tomei duas cápsulas de Desobesi-m e fui caminhar.

Nada de mais, a não ser o fato de não ter conseguido dormir antes das 5:30 da manhã, e de ter relido, com um sentimento de quase-reverência, todos os textos místicos e espirituais que encontram-se comigo, desde o Shodoka até o Huxley, passando por uma psicodelia do Leary. Um copo cheio de gelo e coca-cola, olha só, um incenso de sândalo, e cigarros light com carvão no meio.

Daí que me lembrei do meu velho cachimbo, esquecido desde o começo da bupropiona, cloridrato de; forrei-o com um fumo bom e lá fomos nós noite adentro, lendo e escrevendo e fazendo tudo, tudo, em câmera lenta.

Respirando devagar, constante, profundo e sempre. E quente; e eu vi que aquilo era bom e que eu poderia estar preso numa casca de noz e me achar o rei dos espaços infinitos, e que viveria de pão, das minhas mãos, para sempre, sem nada mais que cigarros e coca/café/chá.

Nada mais, nada mais.

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